Enquanto entusiastas da astronomia comemoram as conquistas espaciais, uma parcela da população permanece cética e acredita em um grande encobrimento por parte da NASA.
A origem da teoria remonta à década de 1950, durante a febre dos OVNIs, quando alguns conspiracionistas afirmavam ter captado sinais de rádio do "Satélite Cavaleiro Negro" durante experimentos conduzidos por Nikola Tesla.
A teoria, no entanto, ganhou força em 1998, quando a NASA capturou uma imagem de uma massa negra em órbita durante a missão STS-88 para a Estação Espacial Internacional (ISS).
A imagem gerou especulações e reacendeu a teoria do "Satélite Cavaleiro Negro". No entanto, a explicação oficial da NASA desiludiu os entusiastas, revelando que a suposta evidência fotográfica era, na verdade, um cobertor térmico perdido durante uma caminhada espacial, com o número de catálogo 025570.
O astronauta Jerry Ross, envolvido na construção da ISS, acidentalmente deixou cair o objeto, que flutuou no espaço por alguns dias antes de se incinerar em órbita.
Mesmo diante das explicações lógicas, a teoria persiste, alimentando-se de eventos aparentemente inexplicáveis. O astronauta Gordon Cooper, por exemplo, afirmou ter avistado um OVNI durante a missão Mercury 9 em 1963, contribuindo para o mito do "Satélite Cavaleiro Negro".
No entanto, a ciência muitas vezes esbarra em narrativas sensacionalistas, e as explicações científicas são eclipsadas por especulações conspiratórias.
Com o advento das redes sociais, a desinformação sobre o "Satélite Cavaleiro Negro" continua a se espalhar. Imagens compartilhadas são frequentemente acompanhadas de textos intrigantes, alegando a presença de um "satélite não identificado e misterioso de origem extraterrestre" na órbita terrestre desde a década de 1930.
No entanto, a NASA refuta categoricamente essa narrativa, declarando que o objeto é, na verdade, detrito espacial catalogado durante uma missão do ônibus espacial em 1998.
A agência espacial explica que o objeto preto visto na imagem é um pedaço de lixo espacial, não um satélite alienígena. Além disso, não há evidências de que o detrito esteja emitindo ondas de rádio.
Detritos orbitais referem-se a objetos feitos pelo homem em órbita que não servem mais a nenhum propósito útil, incluindo restos de operações de missão e detritos de explosões.
Segundo a NASA, mais de 23.000 pedaços de detritos orbitais, maiores do que cerca de 4 polegadas, são conhecidos na órbita terrestre. Baseando-se nessas informações, a alegação de que há um satélite não identificado de origem extraterrestre próximo à Terra é categoricamente falsa.
O mito do "Satélite Cavaleiro Negro" continua a desafiar a racionalidade, ilustrando como a desinformação pode persistir apesar das evidências científicas apresentadas. À medida que a exploração espacial avança, é crucial distinguir entre teorias infundadas e descobertas genuínas, promovendo uma compreensão precisa do vasto universo que nos rodeia.