A Força Espacial dos EUA revela novo esquema de nomenclatura para seus sistemas de armas

A Força Espacial dos Estados Unidos está implementando um novo sistema de nomenclatura para seus satélites, ferramentas cibernéticas e outros sistemas de guerra espacial. O objetivo é dar a esses sistemas identidades mais reconhecíveis e fáceis de memorizar, semelhantes às que há muito tempo são utilizadas por outros ramos das Forças Armadas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEEm seu discurso de abertura na conferência Spacepower, em 11 de dezembro, o Chefe de Operações Espaciais, general Chance Saltzman, explicou que a Força Espacial começará a atribuir apelidos significativos aos sistemas operacionais. Esses nomes serão baseados em temas que reflitam o caráter de cada área de missão e ofereçam aos operadores uma referência cultural clara.
Essa mudança aproxima a Força Espacial das práticas já consolidadas no Exército e na Força Aérea, que há muito tempo utilizam nomes como o tanque Abrams ou o caça Fighting Falcon para proporcionar clareza, espírito de corpo e identidade às unidades.
Saltzman observou que as unidades operacionais passaram cerca de um ano desenvolvendo termos de referência para consolidar a identidade dos sistemas de armas espaciais, criando algo com o qual os operadores pudessem se identificar e sentir senso de pertencimento à medida que a Força Espacial se integra ao planejamento de combate conjunto.
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Após várias rodadas de avaliações e deliberações, Saltzman afirmou:
“Optamos por representar cada uma de nossas áreas de missão com um simbolismo específico. Esses símbolos evocam o caráter dos sistemas, a importância de suas missões e a identidade daqueles que os operam.”
O resultado foi uma taxonomia composta por sete categorias, cada uma vinculada a uma área de missão e associada a um tema específico de nomenclatura:
- Sistemas de Guerra Orbital – nomes inspirados no panteão nórdico.
- Ferramentas de Guerra Cibernética – nomes de criaturas mitológicas.
- Sistemas de Guerra Eletromagnética – nomes de serpentes.
- Ferramentas de Navegação – nomes de tubarões.
- Sistemas de Alerta de Mísseis – nomes de sentinelas.
- Sistemas de Consciência Situacional Espacial – nomes de fantasmas.
- Sistemas de Comunicação por Satélite – nomes de constelações.
Saltzman destacou que a Força Espacial também teve o cuidado de evitar questões de direitos autorais, optando por categorias simbólicas amplas, como “fantasmas” ou “constelações”, que não podem ser reivindicadas por ninguém.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEAlgumas unidades já adotaram o novo padrão de nomenclatura:
- O 10º Esquadrão de Operações Espaciais batizou sua plataforma de comunicações em frequência ultra-alta geostacionária (UHFF) de Ursa Major, estabelecendo o padrão para todos os sistemas de comunicação por satélite.
- O 1º Esquadrão de Operações Espaciais nomeou seu satélite de vigilância ORS-5 como Bifrost, inspirado na mitologia nórdica, definindo a convenção de nomes nórdicos para ativos de guerra orbital.
Segundo Saltzman, a iniciativa busca fortalecer o senso de identidade dos operadores, especialmente daqueles que gerenciam sistemas frequentemente ocultos por designações confidenciais ou rótulos numéricos pouco intuitivos. Ele afirmou:
“Em certo sentido, isso se trata de criar uma cultura em que as pessoas responsáveis por uma missão se sintam diretamente conectadas a ela. É difícil criar esse vínculo com o nome de um programa ou com um sistema identificado apenas por números no catálogo de armas.”
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O novo sistema de nomenclatura será aplicado tanto a plataformas novas quanto às já existentes, à medida que a Força Espacial atualiza seu inventário. A iniciativa faz parte de um esforço mais amplo para consolidar uma cultura institucional própria, mesmo permanecendo administrativamente vinculada à Força Aérea e enquanto continua a amadurecer suas missões em um contexto de crescente militarização do espaço.
Saltzman descreveu a Força Espacial como um serviço altamente técnico, mas enfatizou:
“Nossa identidade está enraizada tanto nos sistemas que empregamos quanto nas pessoas que os operam.”
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Além dos apelidos temáticos, a Força Espacial está implementando um novo sistema alfanumérico de designação para satélites: cada espaçonave receberá um prefixo de duas letras indicando seu tipo de missão, seguido por um número.
Por exemplo, a próxima geração de satélites geoestacionários de reconhecimento terá a designação RG-XX, acrescentando uma camada padronizada de classificação que complementa os nomes simbólicos dos sistemas operacionais.
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