Graham Hancock desafia Zahi Hawass: “Perfuração sob as pirâmides é a única forma de confirmar estruturas subterrâneas em Gizé”

O escritor e pesquisador britânico Graham Hancock reacendeu uma antiga polêmica no campo da arqueologia ao desafiar publicamente o renomado egiptólogo Zahi Hawass. Segundo Hancock, a única maneira de esclarecer definitivamente a existência de possíveis estruturas subterrâneas sob o planalto de Gizé seria realizar perfurações técnicas e controladas nos pontos onde novas análises indicam anomalias geológicas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEA declaração ocorreu durante sua recente participação no programa de Piers Morgan, quando Hancock voltou a comentar os resultados apresentados por uma equipe de pesquisadores italianos liderados por Filippo Biondi — especialista em sistemas de radar — e pelo químico Corrado Malanga. O grupo afirma ter analisado dados de satélites de última geração que sugeririam a presença de formações artificiais sob a Pirâmide de Quéfren, alcançando profundidades estimadas em até 3.500 pés (mais de um quilômetro).
Segundo Hancock, as autoridades egípcias teriam desconsiderado os resultados de imediato, sob o argumento de que “nenhuma tecnologia de radar seria capaz de penetrar a rocha a essa profundidade”. Para ele, essa rejeição refletiria uma incompreensão sobre o método científico utilizado no estudo.

Hancock explica que o sistema empregado pelos pesquisadores italianos não se baseia apenas em ondas eletromagnéticas tradicionais. Em vez disso, combinaria ressonância sonora, variações vibracionais e interferências produzidas inclusive pelo tráfego ao redor da área, permitindo detectar diferenças de densidade no subsolo e mapear cavidades profundas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE“Zahi Hawass e sua equipe descartaram o estudo antes mesmo de compreenderem a tecnologia utilizada”, afirmou Hancock, acusando o establishment arqueológico de adotar uma postura excessivamente conservadora diante de novas abordagens investigativas.
Diante do impasse, Hancock lançou um desafio simples — e, segundo ele, definitivo. A proposta consiste na realização de uma perfuração mínima, com broca de aproximadamente uma polegada de diâmetro, permitindo a inserção de uma microcâmera de fibra óptica nos pontos onde as imagens de satélite indicam possíveis câmaras subterrâneas.
“Se estão tão certos de que não existe nada ali, por que não perfurar?”, questionou o pesquisador, afirmando que o procedimento seria técnico, controlado e sem risco estrutural às pirâmides.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEPara afastar objeções metodológicas, Hancock sugeriu ainda que a mesma tecnologia fosse previamente testada em sítios já conhecidos, como a cidade subterrânea de Derinkuyu, na Turquia. Se os instrumentos forem capazes de identificar corretamente estruturas já mapeadas, argumenta ele, não restaria motivo para impedir sua aplicação no Egito.
Hancock vai além do debate técnico e afirma que tais estruturas — caso confirmadas — poderiam corresponder a evidências físicas do Duat, o submundo descrito nos textos egípcios antigos como um domínio subterrâneo composto por passagens e câmaras ocultas. Para ele, esse conceito pode ter raízes mais concretas do que normalmente se supõe na arqueologia tradicional.
Durante a entrevista, o pesquisador também retomou outro tema recorrente em sua obra: a Arca da Aliança. Hancock sugere que o artefato — que, segundo tradições religiosas, teria sido guardado em diferentes locais ao longo da história e hoje estaria na Etiópia — poderia ter mantido algum vínculo simbólico ou funcional com as pirâmides.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEEle descreve a Arca não apenas como um objeto religioso, mas como um artefato dotado de poder destrutivo, possivelmente associado a uma tecnologia avançada de uma civilização antiga, ainda pouco compreendida pela ciência moderna.
As afirmações de Hancock dividem opiniões. Enquanto seus seguidores defendem que a arqueologia estabelecida resiste a novas interpretações sobre o passado, grande parte da comunidade científica considera suas hipóteses especulativas e carentes de validação empírica.
Por ora, o desafio está lançado: testar a tecnologia, perfurar os pontos indicados e, finalmente, verificar se há — ou não — algo oculto sob as pirâmides de Gizé. Até que isso aconteça, a fronteira entre teoria, mito e evidência científica continuará sendo palco de um dos debates mais controversos da egiptologia contemporânea.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEA entrevista completa pode ser vista abaixo:
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