Hubble captura um misterioso brilho frontal no objeto interestelar 3I/ATLAS

Em um primeiro estudo, liderado por uma equipe de pesquisadores, foi obtido o espectro de 3I/ATLAS usando o telescópio SOAR de 4,1 metros no Chile, durante a noite de 3 de julho de 2025. Naquele momento, o objeto estava a uma distância do Sol equivalente a 4,4 vezes a separação Terra-Sol. Embora tenha sido observado um escurecimento na luz refletida pelo objeto, não foram detectadas as típicas emissões gasosas de cometas, como CN, C3, C2, CO+ ou átomos de oxigênio neutro. Os cientistas sugerem que esse fenômeno poderia estar relacionado a outros mecanismos de liberação de poeira que objetos interestelares antigos poderiam experimentar, em vez da sublimação clássica.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEO segundo estudo, conduzido por David Jewitt e sua equipe, apresenta as primeiras imagens de 3I/ATLAS obtidas pelo Hubble, feitas entre 4 e 5 de julho de 2025. Os resultados indicam que 3I/ATLAS é um cometa com um núcleo pequeno, com diâmetro estimado entre 0,32 e 5,6 quilômetros, cercado por uma nuvem de poeira muito maior. Essa estimativa é consistente com cálculos prévios da equipe, que sugeriam que o diâmetro do núcleo poderia ser de aproximadamente 1,2 quilômetros, caso 3I/ATLAS seja efetivamente um cometa.
No entanto, uma das descobertas mais surpreendentes vem das imagens do Hubble, que mostram uma emissão difusa à frente do movimento do cometa em direção ao Sol, em vez de uma cauda, como é típico nos cometas. Essa característica incomum gerou debate entre os cientistas. Em um estudo anterior, foi sugerido que esse brilho à frente poderia ser explicado se o núcleo do cometa não girasse rapidamente. Se a superfície do objeto estivesse exposta ao Sol, manteria calor e liberaria a maior parte da poeira por evaporação. Essa hipótese foi corroborada pelo novo estudo.
Os dados mais recentes obtidos a partir de telescópios terrestres indicam que o período de rotação de 3I/ATLAS é de aproximadamente 16,16 horas. Durante metade desse período, a face iluminada do cometa gira para o lado escuro, fazendo com que a poeira evaporada se disperse a cerca de 10.000 quilômetros do núcleo. Essa dispersão, que aparece alongada nas imagens do Hubble, é consistente com a suposição de que o núcleo de 3I/ATLAS esfria rapidamente.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEO brilho observado à frente do cometa, junto com a ausência de gases típicos da sublimação cometária, continua sendo um mistério. À medida que 3I/ATLAS se aproximar mais do Sol, espera-se que seu brilho aumente, fornecendo mais dados cruciais para compreender sua natureza. Além disso, futuros estudos com o telescópio Webb poderão ser essenciais para detectar a emissão infravermelha de 3I/ATLAS e desvendar sua composição e comportamento com mais detalhes.
Esse novo comportamento inesperado de 3I/ATLAS levanta muitas questões e mantém a comunidade científica atenta aos próximos avanços na investigação desse fascinante visitante interestelar.
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