Hipótese de um impacto de cometa na Terra há 12.800 anos

Pesquisadores da Universidade da Carolina do Sul (UCS) encontraram novas evidências geológicas que apoiam a hipótese do impacto de um cometa na Terra há 12.800 anos, hipótese esta que foi popularizada recentemente pelo autor e jornalista Graham Hancock em seu documentário Apocalipse do Passado. De acordo com essa noção controversa, os fragmentos de um misterioso corpo celeste provocaram um resfriamento global dramático, conhecido como o evento Dryas Recente, que durou mais de mil anos.
Hancock, que defende a hipótese do impacto cometário há anos, reagiu ao estudo com entusiasmo, afirmando: “A hipótese do impacto do Dryas Recente explica muito sobre o que aconteceu com o mundo e nossos ancestrais há 12.800 anos, mas enfurece os controladores da narrativa da arqueologia. Preparem-se para indignação diante dessas novas e convincentes evidências a favor da hipótese.”
The Younger Dryas Impact Hypothesis explains so much about what happened to the world and our ancestors 12,800 years ago but infuriates archaeology's narrative-control freaks. Expect outrage at this compelling new evidence in support of the hypothesis:https://t.co/FBDZugEvyi
— Graham Hancock (@Graham__Hancock) August 8, 2025
A nova pesquisa revelou vestígios químicos que reforçam a ideia dos impactos cometários. Para identificar esses sinais, a equipe utilizou técnicas avançadas de análise para estudar amostras do fundo marinho da baía de Baffin, perto da Groenlândia, que datam dessa época.
Como resultado, os pesquisadores encontraram partículas metálicas e microesférulas com características geoquímicas associadas a poeira cometária, o que sugere que os fragmentos do cometa poderiam ter explodido na atmosfera ou ao impactar a Terra.

“As concentrações de irídio, níquel, platina e cobalto nas partículas são indicativos de uma possível origem extraterrestre”, explicou o Dr. Vladimir Tselmovich, coautor do estudo publicado na PLOS One.
Essa descoberta reforça a hipótese de que o resfriamento abrupto da Terra no final da última Era do Gelo foi provocado por algo vindo do espaço, em vez dos modelos tradicionais que atribuem o fenômeno ao derretimento das geleiras e ao enfraquecimento das correntes oceânicas. Segundo algumas estimativas, o bombardeio dos fragmentos do cometa no hemisfério norte teria causado um “inverno de impacto” seguido por um período de resfriamento de 1.400 anos.
Embora os cientistas da USC não tenham encontrado provas diretas, como crateras, eles sugerem que os resultados indicam uma anomalia geoquímica vinculada ao início do Dryas Recente.
“Nosso achado destaca o potencial dos registros oceânicos para ampliar nossa compreensão desse evento e seus efeitos climáticos”, concluiu o Dr. Christopher Moore, líder do estudo.
As evidências na baía de Baffin oferecem uma nova perspectiva sobre o impacto que o cometa pode ter tido no clima terrestre, levantando questões cruciais sobre a história das civilizações humanas, como bem observou Hancock.