Luzes misteriosas na Patagônia: Cientistas chilenos registram fenômeno com câmeras de monitoramento

O extraordinário acontecimento ocorreu na madrugada de 21 de janeiro de 2025. Às 12h22, um dispositivo infravermelho, parte de um projeto de monitoramento de ecossistemas, foi acionado e registrou três fotografias em um intervalo de apenas dois segundos. As imagens, em vez de mostrar um animal, revelaram duas intensas luzes esféricas em aparente movimento descendente, que acabaram por ofuscar a lente.
“Apareceram umas luzes que não conseguimos explicar”, comentou o biólogo Alejandro Kusch Schwarzenberg. “Nesse micro intervalo, essas luzes, que parecem estar distantes, se aproximam e ficam diante da câmera, em um movimento que parece ser descendente.” A equipe de pesquisa descartou de imediato que se tratasse de fauna, veículos ou outros fenômenos conhecidos.
Dada a natureza inexplicável do registro, o caso foi encaminhado a especialistas em fenômenos aéreos, incluindo o pesquisador de OVNIs Freddy Alexis Silva. Após uma rigorosa análise técnica das imagens originais, que incluiu estudos de trajetória e espectrografia, as conclusões se mostraram ainda mais surpreendentes.
“Fizemos uma análise da velocidade com que essas luzes se deslocam, e é de cerca de 947 km/h, quase a velocidade do som (Mach 0,7)”, destacou o ufólogo. “Essa velocidade classifica o acontecimento dentro da categoria de Fenômeno Anômalo Não Identificado.”

A principal hipótese de Silva é que poderia se tratar de um plasmoide, uma forma de plasma exótico de curta duração — um fenômeno já estudado em outras partes do mundo, mas raramente documentado com tamanha clareza. “Por suas características, podemos estar diante de um Fenômeno Anômalo Não Identificado, e isso já o torna interessante”, afirmou.
Alguns internautas sugeriram que o fenômeno poderia ser o resultado de um objeto muito próximo à lente da câmera, em vez de algo grande e distante.
Uma mariposa ou outro inseto noturno passando a milímetros do objetivo, iluminado pelos potentes emissores infravermelhos da câmera de monitoramento, poderia causar uma superexposição intensa, criando a aparência de uma “esfera de luz” brilhante. O “movimento descendente em alta velocidade” seria, na realidade, o inseto deslocando-se lentamente pelo campo de visão da câmera. A aparente velocidade de 947 km/h é calculada pressupondo uma grande distância; se a distância for de apenas alguns centímetros, a velocidade real seria mínima. Essa “hipótese do inseto próximo” é uma causa comum de orbes e anomalias em fotografias noturnas e de vigilância.

Além das teorias, o valor desse registro é inegável. Rodrigo Bravo Garrido, também pesquisador do GEA, destacou que, embora existam relatos históricos na Patagônia sobre “luces malas” e avistamentos presentes nas tradições de povos originários, “é a primeira vez que algo assim é registrado no âmbito de uma pesquisa científica”.
Cristián Riffo, diretor do Museu OVNI de La Serena, para onde as imagens também foram enviadas, classificou a descoberta como um registro único e de grande valor histórico. “Não é comum receber imagens desse tipo oriundas de um projeto científico. Esse caráter singular lhe confere enorme relevância e, sem dúvida, fará parte de nossa museografia”, concluiu.
O caso foi oficialmente comunicado à Direção-Geral de Aeronáutica Civil (DGAC) para investigação. Enquanto isso, as enigmáticas luzes da Patagônia chilena abriram um fascinante diálogo entre o rigor acadêmico, o folclore local e a busca por respostas ao desconhecido.
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