A esfera dos Betz

Uma esfera metálica de 22 libras, descoberta em 1974 pela família Betz na Flórida, desencadeou uma intensa investigação sobre sua origem misteriosa.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEO caso mobilizou cientistas, a Marinha dos Estados Unidos e teóricos da conspiração, que se lançaram em uma corrida para desvendar os enigmas em torno do enigmático objeto.
Após ganhar notoriedade mundial por suas supostas habilidades — como emitir sons semelhantes a melodias, mover-se sozinha e até seguir pessoas — a enigmática esfera tornou-se o centro de teorias inusitadas.

Um dos primeiros a relatar comportamentos peculiares do objeto foi Ron Kivett, apresentador de um programa de rádio local dedicado a fenômenos paranormais. Durante uma de suas transmissões, ele compartilhou com os ouvintes uma interpretação singular: estaria diante de algo que não pertencia à Terra. Convicto, Kivett chegou a apelidar a esfera de “um dispositivo criado por alguma inteligência cósmica para um propósito desconhecido”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEO enigma da chamada “esfera Betz” rapidamente ganhou as páginas dos jornais locais de Jacksonville, que passaram a oferecer diferentes explicações para a origem do artefato.
Entre os que acompanharam o caso estava a repórter Lindsey Kilbride, que mais tarde se tornaria apresentadora de um podcast sobre o objeto. Ela destacou como o fenômeno refletia a intensa curiosidade popular em relação aos OVNIs na década de 1970.
O mistério, porém, ganhou contornos mais sérios quando a Marinha dos Estados Unidos solicitou a análise da esfera. Durante duas semanas, o objeto foi submetido a exames na Base Naval de Mayport.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADENa época, relatos indicavam que um porta-voz da Marinha afirmou que a esfera era feita de aço inoxidável, embora não houvesse informações sobre sua origem ou função. Ressaltou, no entanto, que se tratava de um artefato terrestre. Uma das hipóteses levantadas foi a presença de um pequeno componente triangular em seu interior, responsável por provocar movimentos irregulares. Posteriormente, os militares atribuíram as supostas movimentações a fatores externos, como os pisos desnivelados da residência da família Betz.

“O objeto é quase perfeitamente equilibrado”, disse o porta-voz. “Em uma casa antiga, com pisos de pedra irregulares, basta um leve desnível para que ele se mova ou mude de direção.”
Com o fim da análise militar, o caso passou às mãos de especialistas civis. Entre eles estava J. Allen Hynek, professor de astronomia da Northwestern University e uma das figuras mais influentes da ufologia mundial. Hynek e sua equipe, contudo, não encontraram nada de extraordinário: concluíram que a esfera tinha origem humana.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEA notoriedade, no entanto, já havia transformado a rotina da família Betz. O telefone não parava de tocar, curiosos apareciam em frente à casa, e a pressão da mídia se tornava cada vez mais insustentável. “Foi devastador para eles”, relembrou Lindsey Kilbride. “Gerri Betz recebia ligações dia e noite. Essa exposição mudou drasticamente a vida da família.” Diante do assédio e sem respostas definitivas, os Betz decidiram guardar a esfera e não voltar a falar sobre o assunto.

Mesmo assim, o fascínio público persistiu. Teorias chegaram a sugerir que, se perfurada, a esfera poderia explodir com a potência de uma bomba atômica.
Décadas depois, em 2012, o podcast investigativo Skeptoid revisitou o caso e ofereceu uma explicação mais plausível. A equipe identificou que a chamada “esfera Betz” era provavelmente uma válvula de retenção esférica fabricada pela empresa Bell & Howell. O objeto correspondia, em peso, tamanho e composição, aos modelos utilizados na época.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEO programa também contestou a versão de que a esfera se movia sozinha. Segundo os pesquisadores, o objeto teria permanecido imóvel na casa dos Betz até que fosse manuseado em testes improvisados. Nessas ocasiões, quedas e desequilíbrios poderiam ter criado a ilusão de movimentos autônomos.
Com isso, o que antes parecia um artefato de origem extraterrestre foi reinterpretado como um simples componente industrial, envolto por décadas em mistério e especulação.
A “misteriosa” esfera dos Betz
De acordo com registros da época, a família Betz explorava os arredores de sua residência em Fort George Island, na Flórida, após um pequeno incêndio nas proximidades, quando se deparou com a misteriosa esfera metálica.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEO núcleo familiar era formado por Antoine, sua esposa Jerri e o filho Terry, de 21 anos. Foram eles os primeiros a tentar compreender a origem do enigmático objeto. A hipótese inicial sugeria que poderia se tratar de uma antiga bala de canhão, talvez vestígio de confrontos históricos ocorridos na região.
À primeira vista, a esfera parecia apenas uma pesada bola metálica. Com o passar dos dias, no entanto, começou a revelar comportamentos inesperados, o que despertou ainda mais a curiosidade da família.
Segundo o relato de Terry, o jovem estava em casa tocando violão quando percebeu que a esfera se movia de forma sutil, emitindo um zumbido que parecia acompanhar o ritmo da música. Conforme ele continuava a tocar, o objeto teria começado a se deslocar pelo ambiente, mudando de direção, desviando de obstáculos e interrompendo seus movimentos de maneira aparentemente autônoma.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEIntrigado, Terry decidiu realizar experimentos caseiros para avaliar o comportamento do objeto. Em um deles, relatou que, ao golpear a esfera com um martelo, esta produzia uma ressonância peculiar. Em outro, afirmou que, após ser agitada e colocada no chão, a esfera se movimentava de forma frenética, reforçando a sensação de que não se tratava de um artefato comum.

A família Betz também afirmava ter presenciado a esfera deslocar-se livremente pela casa, sem qualquer intervenção humana.
Segundo os relatos, a esfera parecia acompanhar constantemente os moradores, demonstrando sinais de autonomia ao emitir um som agudo seguido de vibrações, que deixavam os cães da família em estado de pânico.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEDiante das especulações e da crescente curiosidade em torno do objeto, os Betz decidiram guardá-lo em uma gaveta da residência, retirando-o apenas em ocasiões especiais para mostrar a amigos e convidados.
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