O mistério de 3I/ATLAS continua: o gigantesco objeto interestelar emite CO₂.

A descoberta mais surpreendente do SPHEREx é que 3I/ATLAS está envolto em uma nuvem de dióxido de carbono (CO₂) gasoso, expelindo material a uma taxa de aproximadamente 70 quilos por segundo. No entanto, o que mais desconcertou os astrônomos foi a quase ausência de água (H₂O). O observatório não detectou uma nuvem de vapor d’água, estabelecendo um limite máximo de apenas 4,5 quilos por segundo.
Esse dado contradiz diretamente afirmações anteriores de outras equipes de pesquisa, que sugeriam uma perda de massa de água de até 40 quilos por segundo. O relatório do SPHEREx classificou a ausência de uma coma de gás de água como “desconcertante”, já que o objeto não estava muito distante da “linha de congelamento da água” do Sistema Solar durante as observações.
Embora não tenha sido detectada água em estado gasoso, a análise do espectro da luz refletida em sua superfície sugere uma mistura de gelos de água e CO₂ combinados com compostos orgânicos, algo comum em objetos do Cinturão de Kuiper.
Outro dado que causou grande impacto foi o tamanho estimado de 3I/ATLAS. A luz refletida pelo objeto sugere que seu núcleo tem um diâmetro de 46 quilômetros. Se for um corpo sólido, sua massa seria um milhão de vezes maior que a do cometa interestelar anterior conhecido, o 2I/Borisov.
“Essa magnitude levanta um problema estatístico: para termos encontrado um objeto tão colossal, já deveríamos ter detectado milhões de objetos interestelares do tamanho do 2I/Borisov. Além disso, a quantidade de material rochoso disponível no espaço interestelar é insuficiente para explicar a chegada de uma rocha desse porte ao nosso Sistema Solar”, argumenta o astrofísico Avi Loeb em reação ao novo estudo.

“As imagens do telescópio espacial Hubble confirmam que o objeto não possui uma cauda de poeira significativa, o que reforça a ideia de que a luz que vemos provém de um núcleo grande e sólido”, acrescenta.
Diante dessas improbabilidades, surgem hipóteses mais ousadas. Uma delas, levantada pelo renomado astrofísico de Harvard, sugere que 3I/ATLAS poderia ter sido direcionado ao Sistema Solar por meio de um design tecnológico. Essa possibilidade ganha força devido a uma estranha coincidência: sua trajetória está alinhada com o plano orbital dos planetas do nosso Sistema Solar, algo que estatisticamente ocorre apenas em 1 a cada 500 casos para um objeto com orientação aleatória.
“A camada de CO₂ que se desprende da superfície de 3I/ATLAS é relativamente fina, com uma espessura de apenas um milímetro erodido ao longo de 10 anos. O que se encontra abaixo dessa camada externa continua sendo um completo mistério”, conclui Loeb.
Toda a comunidade científica aguarda agora os dados do telescópio espacial James Webb, que observou o objeto interestelar em 6 de agosto. À medida que ele se aproximar do Sol nos próximos meses e o calor aumentar, finalmente revelará sua verdadeira e surpreendente natureza.
TEXTO DIGNO DE SER ACOMPANHADO
Esse é uma das naves que se encontra em nosso vasto universo viajantes pesquisadores que saem de seu habita natural para se aventurar em descobrir outros universos possivelmente habitados, somos observados desde longínquos primórdios, na verdade até convidamos eles a nós conhecer, são vários, são bons e também são ruins, e digo a vocês que são bem parecidos com nós mesmos.