O “Darwin Mono”: a China cria um computador semelhante ao cérebro de um macaco com mais de 2 bilhões de neurônios artificiais
Os pesquisadores chineses atingiram um marco em inteligência artificial com o desenvolvimento de um sistema neuromórfico inspirado no cérebro de um macaco, chamado “Darwin Mono” ou “Wukong”, em homenagem ao caráter mitológico chinês que inspirou figuras populares como o Goku de Dragon Ball.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Crédito: MysteryPlanet.com.ar.
Esse progresso, feito na chave do Laboratório Nacional em Intelligence Cerebro-Computer da Universidade de Zhejiang, não apenas estabelece um novo padrão em eficiência e computação paralela, mas também permite simular com precisão a estrutura cerebral de um macaco.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEO “Darwin Mono” emula esse cérebro de primata inovador, integrando 2 bilhões de neurônios que desencadeiam impulsos elétricos e mais de 100 bilhões de sinapses, o que lhe dá a capacidade de realizar milhões de cálculos por segundo, colocando assim a vanguarda da pesquisa em sistemas inspirados no cérebro.
Computação neuromórfica
A computação neuromórfica, que busca imitar a arquitetura e o funcionamento do cérebro humano, experimentou rápidos avanços nos últimos anos, impulsionada pela carreira global pela inteligência artificial. O “Darwin Mono” representa um salto significativo em relação ao projeto anterior da Universidade de Zhejiang, o “Darwin Mouse” de 2020, que tinha 120 milhões de neurônios artificiais. Este novo sistema demonstra crescimento exponencial nas capacidades em apenas cinco anos.
Até agora, o sistema neuromórfico mais avançado era o Hala Point da Intel, com 1.150 milhões de neurônios. No entanto, o recente desempenho chinês levou a eficiência energética e o processamento paralelo a novos níveis, respondendo a preocupações sobre o consumo insustentável de recursos nos sistemas atuais de IA.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEDesign e desafios técnicos
O chip neuromórfico de Darwin 3, chave na operação deste sistema, foi desenvolvido no início de 2023 através de uma colaboração entre a Universidade de Zhejiang e o Laboratório Zhejiang. Cada chip contém 2,35 milhões de neurônios e é capaz de operar em velocidades exascala, realizando até 10 cálculos por segundo. Além disso, apresenta conjuntos de instruções inspiradas nos sistemas de aprendizado on -line do cérebro e neuromórficos.
O sistema completo consiste em 15 servidores, cada um com 64 desses chips avançados. Os servidores, projetados para maximizar a eficiência energética, têm uma arquitetura que minimiza gargalos na comunicação entre chips.


Darwin 3. Crédito: Universidade de Zhejiang.
Entre os avanços técnicos do projeto estão a criação de uma interconexão e arquitetura de integração em grande escala das redes neuronais, um método adaptativo de controle de tempo, o design de chips finos inspirados no cérebro e uma estratégia de troca de dados para um sistema de memória multinível.
Simulações e futuro da IA
Para tirar o máximo proveito do sistema, os pesquisadores desenvolveram um novo sistema operacional adaptado aos requisitos da computação neuromórfica, que otimiza a atribuição de tarefas considerando a largura de banda de comunicação e as características das tarefas. Durante os testes, o sistema conseguiu executar o modelo de idioma Deepseek, executando tarefas complexas, como criação de conteúdo, problemas matemáticos e raciocínio lógico.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEEmbora o “Darwin Monkey” não atinja as habilidades do cérebro humano, os pesquisadores consideram que representa uma ferramenta valiosa para a pesquisa cerebral e o desenvolvimento de inteligência artificial avançada. A equipe conseguiu simular o cérebro de organismos como Caenorhabditis elegansFish Zebra, ratos e macacos, que abre novas possibilidades de experimentação na IA.
Com sua enorme escala, paralelismo e eficiência energética, o “Darwin Mono” está bem posicionado para explorar áreas avançadas da IA, especialmente no que diz respeito ao aprendizado, ainda não supervisionou a melhoria dos futuros sistemas de IA.
Fonte: SCMP. Edição: MP.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEQuer continuar acompanhando conteúdos como este? Junte-se a nós no Facebook e participe da nossa comunidade!
Seguir no Facebook