Revistas científicas publicam a conexão estatística entre OVNIs e a era nuclear.

Em um avanço que pode abrir novas linhas de investigação, dois estudos liderados pela Dra. Beatriz Villarroel analisaram possíveis conexões estatísticas entre fenômenos aéreos não identificados (UAPs/OVNIs), testes nucleares e breves clarões de luz registrados em placas fotográficas astronômicas da década de 1950. Ambos os trabalhos passaram pela revisão por pares e foram publicados em revistas científicas de prestígio.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEA equipe de pesquisa, formada por cientistas do Nordita (Instituto Nórdico de Física Teórica) na Universidade de Estocolmo e da Universidade Vanderbilt, utilizou registros fotográficos digitalizados de observações feitas antes do lançamento do primeiro satélite humano, o Sputnik, em 1957. O estudo faz parte do projeto VASCO (Vanishing & Appearing Sources during a Century of Observations), que investiga fontes luminosas que surgem e desaparecem em registros astronômicos históricos.

“Hoje sabemos que breves flashes de luz são geralmente reflexos solares de objetos planos e altamente reflexivos em órbita, como satélites e fragmentos de detritos espaciais. No entanto, as placas analisadas pelo projeto VASCO foram capturadas antes de existirem satélites”, explica a Dra. Villarroel, que liderou as pesquisas.
O primeiro artigo, publicado na revista Scientific Reports, examinou mais de 106 mil desses flashes — também chamados de “transitórios” — que aparecem e desaparecem em uma única exposição. A análise revelou correlações estatísticas inesperadas: os flashes tinham 68% mais probabilidade de ocorrer no dia seguinte a um teste nuclear atmosférico, e o número de eventos aumentava, em média, 8,5% para cada relato de OVNI registrado. Quando os dois fatores coincidiam, o número de flashes dobrava em relação aos dias comuns.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE“A força dessa associação foi surpreendente”, observou Stephen Bruehl, coautor do estudo na Universidade Vanderbilt.
O segundo artigo, publicado na Publications of the Astronomical Society of the Pacific (PASP), buscou identificar a natureza desses objetos. Aplicando um método descrito anteriormente em outro estudo do grupo, publicado na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society (MNRAS), os pesquisadores compararam a frequência dos flashes dentro e fora da sombra da Terra — região onde reflexos solares não deveriam ocorrer.
Os resultados mostraram um déficit estatístico de 22σ (sigma) dentro da sombra, indicando que cerca de um terço dos eventos eram de fato reflexos solares.
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A equipe concluiu que pelo menos uma parte significativa desses fenômenos se deve a objetos planos e altamente reflexivos em órbita alta, compatíveis com superfícies capazes de refletir intensamente a luz solar. Como objetos naturais, como asteroides ou poeira cósmica, produziriam rastros mais longos nas exposições, os flashes curtos sugerem outra origem.
Em alguns casos, os pesquisadores observaram múltiplos flashes alinhados, possivelmente correspondendo a objetos em movimento. Um desses eventos ocorreu em 27 de julho de 1952, coincidindo com a noite de relatos de avistamentos sobre Washington, D.C.

Em sua conta na rede X, a Dra. Villarroel comemorou a publicação dos artigos: “Notícias maravilhosas — nossos dois novos estudos do projeto VASCO foram revisados por pares, aceitos e publicados, revelando resultados notáveis”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEWonderful news. 🌟💫✨
— Beatriz Villarroel (@DrBeaVillarroel) October 20, 2025
Our two new VASCO papers are now peer-reviewed, accepted and published — and they reveal some extraordinary things:
– We find statistically significant correlations between short-lived transients on pre-Sputnik sky plates, UFO sightings, and above-ground… pic.twitter.com/1CoBN7vugP
- Veja também: Denunciante da Força Espacial revela corrupção, um sistema secreto e uma ligação com OVNIs
Ela destacou que esses trabalhos, junto com o estudo anterior na MNRAS, “formam um tríptico de novos métodos para investigar os chamados UAPs utilizando dados astronômicos”.
Ao encerrar o anúncio, deixou uma reflexão: “Esses últimos resultados levantam uma pergunta ousada. E sim… vocês sabem qual é.”
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