Debates sobre a anomalia do Mar Báltico ressurgem

O chamado “Anomalia do Mar Báltico”, descoberto em 2011, voltou a ganhar destaque após novas declarações de membros da equipe sueca Ocean X. A formação foi identificada em 19 de junho daquele ano, quando o grupo — liderado por Dennis Asberg — realizava buscas por naufrágios no Báltico. Em vez de embarcações, os sonaristas registraram uma estrutura circular de aproximadamente 60 metros de diâmetro, localizada a 90 metros de profundidade.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEQuase 15 anos depois, a origem desse objeto permanece incerta. Em entrevista a Jesse Michels, Asberg afirmou que novas medições feitas com perfiladores de subsuperfície sugerem que a formação não estaria integrada ao leito rochoso, aparentando estar apoiada sobre ele. Segundo o explorador, os dados obtidos indicariam uma separação entre o objeto e o fundo marinho, embora essas informações ainda careçam de verificação independente.
Asberg também descreve aspectos geométricos que, em sua avaliação, sugeririam características possivelmente artificiais, como paredes planas, ângulos retos e estruturas que ele interpreta como “corredores”. Até o momento, não há confirmação científica de que tais formas sejam de fato construções, e especialistas consultados em ocasiões anteriores costumam atribuir o formato da estrutura a processos naturais ou erosivos.
Relatos de mergulhadores da equipe incluem observações sobre quedas localizadas de temperatura e sobre um fluxo rítmico de sedimentos que pareciam emanar de uma abertura na superfície da formação. Essas ocorrências, entretanto, não foram documentadas ou analisadas por pesquisadores independentes, impossibilitando conclusões sobre sua natureza.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEA equipe Ocean X também afirma ter detectado interferências eletromagnéticas que afetariam instrumentos de navegação e equipamentos eletrônicos ao se aproximarem do local. Ao longo dos anos, falhas similares foram relatadas pela própria equipe, mas não há publicações acadêmicas que confirmem esse comportamento ou determinem suas causas.
Outro ponto levantado por Asberg envolve interações com embarcações militares. Ele afirma possuir registros de navios da OTAN navegando próximos às operações do grupo em águas internacionais. Não há indícios públicos, porém, de que tais movimentações estejam relacionadas à anomalia.
Diante da ausência de conclusões definitivas, diversas hipóteses circulam — muitas delas especulativas — variando desde a possibilidade de uma estrutura geológica incomum até teorias envolvendo artefatos antigos ou objetos artificiais submersos. Asberg, por sua vez, afirma descartar explicações como vulcanismo ou impacto de meteorito com base em sua interpretação dos dados coletados.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEA equipe Ocean X planeja realizar perfurações de núcleo para tentar determinar de forma conclusiva a composição e a origem da formação. Segundo Asberg, o objetivo é estabelecer uma base factual mais sólida: “Quero saber a verdade, seja qual for”.
Até o momento, porém, a comunidade científica não reconhece evidências que indiquem algo além de uma formação rochosa de origem natural, e novos estudos independentes serão necessários para esclarecer o caso.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEQuer continuar acompanhando conteúdos como este? Junte-se a nós no Facebook e participe da nossa comunidade!
Seguir no Facebook