Astrofísica denuncia censura sobre fenômenos anômalos não identificados

A Dra. Beatriz Villarroel, astrofísica da Universidade de Estocolmo e vencedora do prêmio L’Oréal-UNESCO, relata ter sofrido rejeição de seus artigos científicos sobre fenômenos aéreos não identificados (UAP/OVNIs) no arXiv, principal repositório de preprints em física e astronomia.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADESegundo Villarroel, dois de seus trabalhos, já aceitos e revisados por pares em periódicos reconhecidos, foram recusados pela plataforma. Em comunicado publicado em sua conta no X, a pesquisadora explicou que o arXiv funciona como um ponto central de divulgação científica: “Se um artigo não está lá, é como se não existisse. Serve como núcleo para o intercâmbio científico aberto. Agora, dois de nossos artigos aceitos foram rejeitados: em um caso, me pediram para substituir um trabalho antigo; no outro, disseram que a pesquisa ‘não era de interesse’ para o arXiv”.
A cientista ressaltou que o estigma em torno de estudos sobre OVNIs ainda persiste, o que, segundo ela, dificulta o acesso de outros pesquisadores a novos resultados.
Os trabalhos rejeitados analisam placas fotográficas digitalizadas do Observatório Palomar da década de 1950, anteriores ao lançamento do primeiro satélite, o Sputnik. Nessas placas, o grupo de Villarroel identificou mais de 100 mil “transientes” — breves flashes de luz que surgem e desaparecem sem explicação imediata. A principal crítica é que esses fenômenos poderiam ser defeitos das placas fotográficas. Para contornar essa hipótese, a equipe verificou se os flashes ocorriam dentro da sombra da Terra, onde a luz solar não poderia refletir.
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Os resultados mostraram um déficit significativo de transientes nessa região, indicando que entre 30% e 35% deles correspondem a objetos físicos reais em órbita, com características de alta refletividade.
Em estudo subsequente, liderado pelo Dr. Stephen Bruehl, com Villarroel como coautora, os dados foram cruzados com registros históricos. Observou-se uma correlação estatisticamente significativa entre a ocorrência dos flashes e dois fatores: testes nucleares na Terra e relatos públicos de avistamentos de OVNIs. Esse resultado fornece, pela primeira vez, evidências astronômicas que podem sustentar a relação entre fenômenos aéreos não identificados e atividades nucleares, tema frequentemente mencionado em relatos militares.

A denúncia de Villarroel recebeu apoio de Marian Rudnyk, astrônomo que trabalhou na NASA e no próprio Observatório Palomar. Em publicação no X, Rudnyk afirmou: “O trabalho astronômico da Dra. Villarroel é sólido. Trabalhei com essas mesmas placas e sei da qualidade científica do estudo. A rejeição pelo arXiv é constrangedora e reflete um estigma injustificado sobre OVNIs”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEEm entrevista recente ao canal de Jesse Michels, Villarroel comentou sobre a pressão e o ceticismo enfrentados por seus colegas, destacando que o impacto da pesquisa será mais profundo para cientistas do que para o público geral. A cientista reforçou que o objetivo é tornar os dados acessíveis para que qualquer pessoa possa analisá-los e verificá-los.
Confira abaixo um trecho da entrevista
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