Os arqueólogos descobrem evidências de sobrevivência humana na era do gelo na Grã -Bretanha
Os arqueólogos descobriram evidências conclusivas de que os primeiros humanos não apenas viviam na Grã -Bretanha há mais de 700.000 anos, mas também suportaram uma das idades mais extremas do gelo da Europa do norte da Europa. A descoberta, desenterrada durante uma escavação em Old Park, ao longo do rio Stour, em Canterbury, Kent, fornece as primeiras evidências registradas de sobrevivência humana em tais condições.
As descobertas do local, publicadas na Nature Ecology and Evolution, mostram que o Homo Heidelbergensis, uma espécie humana primitiva que se pensa ser o ancestral dos neandertais, morava na região entre 712.000 e 621.000 anos atrás. Os arqueólogos da Universidade de Cambridge e seus colegas de trabalho encontraram milhares de ferramentas de pedra em areias e cascalhos profundos, que são alguns dos registros humanos mais antigos do norte da Europa.
Os artefatos de pedra foram descobertos em Canterbury desde a década de 1920, mas novas escavações começaram em 2020, revelando sedimentos muito mais antigos do que nunca. A geologia única em Old Park, onde são preservadas camadas de cascalho altas e antigas, permitiram aos pesquisadores examinar depósitos que normalmente são inacessíveis na Grã -Bretanha.
Enquanto as camadas mais baixas mostram ocupação precoce, as maiores surpresas foram reservadas para depósitos que datam de cerca de 440.000 anos atrás, durante uma das idades mais graves do gelo da pré -história européia, a glaciação angliana. Os arqueólogos descobriram ferramentas afiadas de pederneira nas camadas de cascalho e areia, o que os levou a suspeitar que eles haviam sido produzidos no auge da glaciação e depois rapidamente enterrados antes que a erosão pudesse danificá -los. A preservação dessas bordas não usadas implica que as ferramentas foram criadas e descartadas no local, não transportadas por forças naturais.

A descoberta refuta as crenças precoces de que a Grã -Bretanha era inabitável durante suas fases mais frias. Por muitas décadas, os acadêmicos pensaram que foi apenas durante períodos mais quentes que os grupos humanos retornaram, mas as evidências no antigo parque indicam que os primeiros humanos haviam se adaptado e vivido em condições glaciais.
As plantas microscópicas permanecem encontradas nos mesmos níveis sugerem que o ambiente era uma pastagem fria, que apoiava animais como rinoceroses e cavalos extintos. Se esses grupos eram ou não habitantes residentes ou os migrantes sazonais são desconhecidos, mas sua ocorrência em climas levanta questões sobre como eles poderiam ter sofrido um frio intenso. Os cientistas assumem que podem ter usado peles de animais, construídos abrigos ou rastreados manadas de migração para sobreviver.

As escavações também lançam luz sobre os tipos de ferramentas feitas em várias fases. Duas categorias distintas de Handaxes acheules foram encontradas em Old Park – algumas feitas e alongadas, outras com mais formas e ovadas. A gama mostra que populações separadas, separadas por até 200.000 anos, ocupavam o local, possivelmente com diferentes tradições culturais ou habilidades tecnológicas.
Além dos detalhes técnicos, as descobertas fornecem informações sobre a resiliência dos primeiros humanos. Sobreviver à glaciação angliana exigiria não apenas a produção avançada de ferramentas, mas também a cooperação social, o conhecimento ambiental e talvez até as inovações precoces de roupas ou a construção de abrigos.
O encontro situa Canterbury como um dos locais pré -históricos mais significativos da Grã -Bretanha, com evidências de ocupação humana nas bordas da sobrevivência. Ele também fornece uma imagem mais ampla de como os humanos os primeiros se dispersaram e se adaptaram pela Europa quando estava passando por mudanças climáticas extremas.
As escavações em Old Park estão em andamento, com os cientistas continuando a analisar milhares de artefatos e amostras ambientais.