Há uma chance em três de estarmos sozinhos no universo

Um novo estudo conduzido pelo Dr. Veres Antal, professor associado de matemática na Universidade Húngara de Agricultura, sugere que existe aproximadamente uma chance em três de que a humanidade seja a única civilização avançada existente no cosmos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEO pesquisador propõe a existência de uma região estatística denominada “Zona de Solidão”, um intervalo em que a probabilidade de existir exatamente uma civilização de nível tecnológico semelhante ao nosso é maior do que a de haver múltiplas civilizações ou nenhuma.
Segundo os cálculos de Antal, em cenários mais otimistas a possibilidade de estarmos nessa condição é quase nula. Entretanto, em projeções consideradas mais realistas, essa chance chega a cerca de 29%, ou seja, praticamente um terço.
“A probabilidade de solidão depende fortemente do nível de complexidade considerado”, explica o autor em seu artigo, publicado na revista Acta Astronautica.
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“Para formas de vida simples, a solidão é praticamente impossível. Já para civilizações extremamente avançadas, pode se tornar a expectativa estatística dominante.”
A discussão está inserida no contexto do conhecido “Paradoxo de Fermi”, que questiona por que, apesar da imensidão da galáxia — estimada em 200 a 400 bilhões de estrelas e ao menos 100 bilhões de planetas —, ainda não detectamos sinais claros de vida extraterrestre.
Tradicionalmente, as explicações para esse paradoxo se dividem entre duas vertentes: a que considera a vida muito mais rara do que se imagina e a que sugere que civilizações avançadas optam por não se comunicar ou se manter ocultas.

Antal, no entanto, adota uma abordagem probabilística. Seu modelo leva em conta três fatores principais: o número total de planetas, o grau de complexidade das civilizações e a probabilidade de surgimento de uma civilização com determinado nível de complexidade — variável que o autor identifica como a mais incerta.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEPara que uma civilização se encontre na chamada Zona de Solidão, essa probabilidade de surgimento precisa ser “ajustada” de forma muito específica: as condições para a vida devem ser suficientemente comuns para permitir que ela apareça em alguns lugares, mas não tão comuns a ponto de gerar diversas civilizações tecnológicas simultaneamente.
Mesmo no cenário mais extremo proposto pelo estudo, denominado “Terra Crítica”, a chance de a humanidade ser realmente a única civilização inteligente existente não ultrapassa 30,3%.
Assim, embora o trabalho de Antal indique que a solidão cósmica é possível, as probabilidades ainda favorecem a hipótese de que não estamos completamente sozinhos no universo.
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